quinta-feira, 28 de setembro de 2017

- Evento de Setembro: POSSE DO POETA JOÃO BOSCO DE CASTRO NA CADEIRA Nº 329 DA ACADEMIA MUNICIPALISTA DE LETRAS DE MINAS GERAIS ─ AMULMIG






 



 


 




Às 10h de 16 de setembro de 2017, na respectiva Sede situada na Rua Agripa de Vasconcelos,   81  (Alto  das  Mangabeiras,  em  Belo  Horizonte-MG),  a  Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais AMULMIG ─, sob a presidência do Escritor César Pereira Vanucci, em Sessão Solene de Posse, introduziu em seu notável Quadro de Acadêmicos Efetivos o Poeta João Bosco de Castro, como representante do Município de Bom Despacho-MG, sob a patronia do Protopoeta Bom-despachense José d’Avó Gontijo.
Conduziu, brilhantemente, os trabalhos socioliterários a Cerimonialista Odontóloga Beatriz Campos de Paulo, de Bom Despacho, Namorada do Novo Acadêmico.
A Mesa-Diretora da Sessão Solene compôs-se do Escritor César Pereira Vanucci, Presidente da AMULMIG, Escritora Elisabeth Fernandes Rennó de Castro Santos, Presidenta do Conselho Superior da AMULMIG, Poeta Luiz Carlos Abritta, Presidente Emérito da AMULMIG, Escritora Marilene Guzella Martins Lemos, Presidenta da Arcádia de Minas Gerais, Trovadora Dora Galinari, Presidenta da União Brasileira de Trovadores Seção de Minas Gerais, Novo Acadêmico Poeta João Bosco de Castro, Senhora Jacira Madeira Gontijo, representante da Família d’Avó Gontijo e Neta do Patrono José d’Avó Gontijo, e Professora Samira Maria Araújo, representante do Município de Bom Despacho, como Diretora do CESEC e Assessora da Superintendência Educacional de Pará de Minas-MG.
Outras Instituições fizeram-se representar no Magno Evento: Maçonaria Universal: Past-Master Antônio Viçoso Gérken Júnior e Venerável-Mestre Fábio Campos de Paulo; Portal Informativo Pontopm: Coronel e Policiólogo Isaac de Oliveira e Souza; Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais: Jornalista-Historiador Ozório José Araújo do Couto; Fundação Guimarães Rosa: Coronel Zílton Ribeiro do Patrocínio; Academia Epistêmica de Mesa Capitão-Professor João Batista Mariano: Acadêmico Eduardo César Reis e Acadêmica Elza Maria de Magalhães; Academia de Letras João Guimarães Rosa: Acadêmico Sérgio Henrique Soares Fernandes; e Clínica Cardiológica: Major-Médico Álvaro Álvares da Silva.
O Poeta João Bosco de Castro, ainda na situação de neoacadêmico, foi conduzido à Mesa-Diretora pela Comissão formada pelos Acadêmicos Luiz Carlos Abritta, Ângela Togeiro Ferreira e Marilene Guzella Martins Lemos.
O Novo Acadêmico foi saudado em substancioso Discurso proferido pela Acadêmica Elisabeth Fernandes Rennó de Castro Santos, cujo texto assevera:


“O nosso Neoacadêmico é o fundador da Academia Epistêmica de  Mesa Mariano, dedicada aos estudos sobre Natureza e Cultura, a que pertenço. (...)
O Professor João Bosco é romancista, contista, poeta, jornalista, policiólogo e camonólogo, entre as suas faces culturais. Professor de Língua e Literatura Românicas. Professor Titular de Ciências Militares, na área da Defesa Social, na Academia de Polícia Militar. Presidiu a Alliance Française, de 2010 a 2011. Sempre batalhou pela humanização do Policial Militar, introduzindo em seus currículos atividades sociais, leitura e apreciação de preceitos formativos, concernentes à Literatura, Filologia, História, Educação, Filosofia. Mestre consciente na formação global de seus alunos.
Orador brilhante, sua palestra [de João Bosco de Castro] em homenagem a Camões e à Língua Portuguesa foi uma das mais brilhantes ouvidas na Universidade Livre da Academia Mineira de Letras.
(...)

Sentimo-nos honrados com esta aquisição representada pela posse de João Bosco de Castro, que vem iluminar e acrescentar valores e propósitos com seu cabedal de conhecimentos, sua experiência literária, didática e criativa aos quadros da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais.
É para mim completude dignificante recebê-lo em nossa comunidade literária, Acadêmico João Bosco de Castro.
(Assinado...) Elizabeth Rennó.”



A excelente Cerimônia de Posse foi magistralmente musicada pelo Tenor Marzo Sette Torres, com a apresentação do Hino Nacional Brasileiro, Oração de São Francisco de Assis e as árias Aquarela do Brasil, La Vie en Rose e Moon River.
Três excertos literários de João Bosco de Castro foram esplendidamente oferecidos a Acadêmicos, Visitantes e Convidados pela expressiva leitura realizada pela Administradora Débora Lis Azevedo Castro Mota (filha do Novo Acadêmico), do poema Boifonia;  pelo  Estudante  Arthur  Azevedo  Castro  Mota  (neto  de  João  Bosco), da Recitação I. Fortuna Ecológica, no livro-poema Elogio à Criação; pela Professora Samira Maria Araújo (Diretora do CESEC em Bom Despacho), de sugestivas partes do romance O Mandachuva.
O Presidente da AMULMIG, Escritor César Pereira Vanucci, em sua eloquência, louvou o primor de toda a Sessão de Posse, com ênfase concentrada na fala irrepreensível de Elisabeth Rennó em nome do Sodalício, na leitura impecável dos construtos literários de João Bosco de Castro por Débora, Arthur e Samira, e no Discurso-Panegírico lavrado e proferido pelo Novo Acadêmico em homenagem ao Município de Bom Despacho e ao Poeta José d’Avó Gontijo, Patrono da honorável Cadeira nº 329.
Em referido Engenho de Oratória, João Bosco de Castro minuciou a importância de Bom Despacho em sua vida particularmente na infância, adolescência e início de seus labores de Oficial da Polícia Militar e Professor , a marcante atuação de seus Pais e Professores acentuadamente Maria de Lourdes d’Avó Gontijo, Nicolau Teixeira Leite e Geraldo Majela Melo Santos ─, o vigor da Vila Militar do Sétimo Batalhão de Infantaria, cujo Bangalô 20 em poderoso e festejado Porão serviu de sala de aula do Curso de Admissão ao Ginásio, de 1962 a 1965, sob a regência do imberbe João Bosco, professor prematuro, e a biografia do Protopoeta José d’Avó Gontijo e apresentação crítico-historiográfica da respectiva Obra Literária, de indiscutível mérito metafórico e sugestivo segundo os padrões do Romantismo e Romantismo-Realista, em cerca de trezentos poemas e alguma prosa.
Por volta das 12h30min, encerraram-se as lides socioliterárias da Posse Academial de João Bosco de Castro e serviu-se a Acadêmicos, Visitantes e Convidados, na Esplanada da Sede da AMULMIG, lauto e saboroso Lanche Colonial, sob os cuidados de Sônia Ferreira e Lili.


    

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Discurso de Posse do Poeta João Bosco de Castro na Cadeira 329 da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais (AMULMIG), patroneada pelo Poeta José d’Avó Gontijo, como representante do Município de Bom Despacho-MG, às 10h de 16 de setembro de 2017, na Sede do Sodalício (Rua Agripa de Vasconcelos, 81, Alto das Mangabeiras, em Belo Horizonte-MG).

[Vocativos...]

Renutro-me de saudável alegria e distinta honra, neste ambiente festivo de Erudição, Humanidades e Confraternização, para assumir a Cadeira Areopagítica 329 desta respeitável Academia Municipalista de Letras de Minas GeraisAMULMIG ─, a profícua e agradável Casa de São Francisco de Assis, na situação feliz de representante de Bom Despacho.
Alcanço este Laurel, mercê da compreensão dadivosa de meu Padrinho César Pereira Vanucci e minha Madrinha Elisabeth Fernandes Rennó de Castro Santos, expoentes do Jornalismo, Literatura, Lusofonia e Teoria Literária, em Minas Gerais e muitos núcleos celebráveis da Língua de Camões e Castro Alves, ao longo de nosso cantaroleiro Brasil. A estes Próceres da Arte da Palavra, na AMULMIG, meu muito obrigado!
Sou patafufo de nascença e cartório, a partir de 31 de janeiro de 1947, mas Bom- Despachense de crença e amor, de convicção e seiva, desde janeiro de 1949, quando cheguei àquela Terra do Cristal burilada pelo Capitão Manuel Picão Camacho. De janeiro de 1950 a outubro de 1952, aproveitei-me das bonanças de Lavras. Gosto de Pará de Minas, mas vivo Bom Despacho, de onde saí, para onde retornei e de onde ressaí, por razões de vida e profissão, onde morei e aonde volto, por amor e crença, ar puro e seiva humana e teatro de convicção do valor afável do sorriso cativante, pelo calor humano, sempre ao embalo da receptividade ímpar de nossos adoráveis e mexericosos Cagaiteiros. Varei “longes terras”, a partir de Bom Despacho, a serviço policial-militar e fainas de magistério e pesquisa, como Itaúna, Patos de Minas, Patrocínio e Uberlândia onde morei, pacifiquei, ensinei e aprendi ─, além de passageirar por muitos recantos paulistas, goianos, baianos, e vários mineiros, para cumprimento de ritualística de polícia judiciário- militar em favor da Ética e Paz Social. Moro em Belo Horizonte, repicadamente: em 1960, no  Padre  Eustáquio;  em  1966-1971,  no  Prado Mineiro  (como  cadete  do  Curso  de Formação de Oficiais e aspirante e tenente professor de Português e bases policial- militares); em 1973-1974, no Serrano; desde 1985 até agora, no Sagrada Família e Santa Teresa. Tolero Belo Horizonte. Gosto de Pará de Minas. Respiro e vivo Bom Despacho!... Na Cidade-Sorriso, a vida acertou-me os passos, na Vila Militar do Sétimo
Batalhão de Infantaria, Bairro São Francisco e Centro: nº 205 da Rua Padre Vilaça.
A Vila Militar forjou-me a polimorfa meninice e o miolo da adolescência, nos jardins, coreto, cine-teatro e encantos do Quartel, Capelania de Santa Efigênia dos Militares como coroinha do Capitão-Capelão Padre César Alves de Carvalho, sob o zelo prodigioso do Sacristão Cabo Valdevino Leite da Cunha e Diácono Waldemar Chaves de Araújo (atual Bispo Emérito da Diocese de São João d’El Rey): meu iniciador nas belezas densas do Latim, particularmente para os ofícios litúrgicos e na fantástica Escolinha (hoje, Escola Coronel Egydio Benício de Abreu), remanescente da Escola Regimental do “Machado de Prata”, onde absorvi conhecimentos de Escoteiro e Lobinho, pela correção moral, pedagógica e cívica do então Sargento José Modesto de Faria, e traquejos de educação física, ministrados pelo então Sargento João Fidélis Campos, protótipo de prudência e honradez, aos moldes irrepreensíveis de meu Professor de  Excelências e Bons-Modos, meu querido Pai, àquela época também Sargento da Polícia Militar, João Rodrigues de Castro.
Ainda na mesma Vila Militar do “Machado de Prata”, nos chalés 4 e 7 da Rua do Meio, e nos bangalôs 13 e 20 da Rua dos Oficiais, entre muitos irmãos e irmãs da escadinha familiar, modelei-me nas melhores aulas de Ética e Utilidade Social, em família, pela insuperável Escola Informal cujas Professoras, de poucas Letras e poderosas Tretas minha Mãe Maria Ramos de Castro e minhas Avós Maria Madalena de Jesus e Francisca Mariana de Jesus ─, formavam muito e informavam pouco, mediante a Cartilha polimórfica e polissêmica fundada e transmitida pelos rigores práticos da Linguagem dos Bons Exemplos.
Nas glebas de sessenta e três hectares do Batalhão, contíguas com a Vila Militar, e em outras cercanias bucólicas, dentre as quais a área onde se instala a aprazível Chácara do Sô Gê Rodrigues, pratiquei os princípios da arte venatória: arapucas e bondosos laços e armadilhas de pegar pássaros, pequenas aves silvestres, além de coelhos, preás, quatis e quejandos, entre os exercícios militares da Infantaria da Força Pública e Tiro de Guerra nº 72.
À larga da Vila Militar do Batalhão dos Compadres (apelido afetuoso e macio do “Machado de Prata”!...), pude ficar satisfeitíssimo, naquela minha fase impetuosa e jovial, com meu desempenho solto de artes e tretas venatórias contra incautos xintãs- xororós e gordas cordonizes, ou com pescarias de matula contra gulosas traíras e enfezadas piranhas nada de timbó, tarrafa ou rede, o anzol e perereca, à moda legítima de pescador autêntico! ─, pelas bandas do Corgo d’Areia ou Riacho do Nego, até aos encantos da Lajinha do do Roque, ou cerrados e campinas do Martinho Cambaúba, ou pelas veigas do Juca Rufino e pântanos do Simeão, nos poções do Piraí, Bagaços e Perobas, por onde escorrega a pichorra do piscoso Picão, um regato mais gordinho (com marcas do sobrenome do Desbravador de Bom Despacho), endeusado pelas famas e mistérios de rio de verdade e excelente: igapará-etê!
No Grupo Escolar Coronel Praxedes e Ginásio Estadual (hoje, Escola Doutor Miguel Gontijo) de Bom Despacho, e no Curso de Admissão ao Ginásio da Escola Regimental, encontrei meu melhor e mais sumoso Canteiro de Conhecimentos. No Coronel Praxedes, aprendi muito e bem. Em tal Liceu Primário, achei minha Diva da marca daquelas de Ataulfo Alves, em seu emblemático e inesquecível poema-hino Meus Tempos de Criança. Refiro-me à Educadora Dona Maria de Lourdes d’Avó Gontijo, a Professorinha de meus edificantes bê-á-bás, nas cartilhas de linguagem, tabuada e regra de três da Aritmética, Gramática, leitura, composição (nome dado à prática de redação), histórias e estórias, Literatura, Ciências Naturais (em sala de aula e laboratórios, na Escola e na Residência da Eminente Mestra, aonde íamos, obrigatoriamente, no período vespertino de algumas quartas-feiras... Ai de quem não fosse!...). Dona Lourdescoeva de notáveis Educadoras, como Eulina Simão, Maria Auxiliadora Teixeira Guerra, Léa Handam [de Resende], Célia Calais e Divina Campos [de Paulo, mãe de minha Beatriz Campos de Paulo, mestra de cerimônias desta Magna Sessão Acadêmica...] era Neta grandiosa do primeiro Poeta Bom-Despachense José d’Avó Gontijo, meu solene Patrono da Cadeira 329 desta veneranda Casa de São Francisco de Assis, nossa inatacável AMULMIG, a partir de agora.
No Curso de Admissão ao Ginásio da Escola Regimental do “Machado de Prata”, às noites de 1961, encantei-me com as prolíferas lições de Português e História do Brasil (ensinadas pelo Sargento Marcos Morais de Almeida e continuadas pelo Sargento Raimundo Meneses), de Matemática e Geografia (ministradas pelo Sargento Geraldo Camargo de Jesus). Esses Militares-Educadores continuam vivos em minhas lembranças de gratidão e reconhecimento indeléveis. Com o prodigioso Livro do Curso de Admissão ao Ginásio, produzido por quatro Titãs da Educação Brasileira (Aída Costa Português, Matemática Ari Quintela , Geografia Aroldo de Azevedo ─, e História do Brasil Antônio José Borges Hermida ─), os três Sargentos-Professores fizeram-me tanto bem quanto a Emérita Mestra Maria de Lourdes d’Avó Gontijo, de quem ouvi as primeiras referências a seu Avô-Poeta José d’Avó Gontijo.
De 1962 a 1965, aluno do Curso Ginasial, atrevi-me a lecionar o tal Curso de Admissão ao Ginásio, com eficiência, eficácia e efetividade, no Porão do Bangalô 20 da gloriosa Vila Militar. Eu sabia tudo, mas tudo mesmo, do amplo conteúdo daquele poderoso Livro de quatro Autores. Aprendia no Ginásio estadual, de dia, e ensinava mas também aprendia muito em meu poderoso Porão, à noite, até matricular-me no Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar e vir para Belo Horizonte.
No Ginásio Estadual de Bom Despacho, revigorei-me com o respectivo Diretor, o profundo e legítimo Professor Nicolau Teixeira Leite casado, em segundas núpcias, com outra Neta de meu Patrono: a Professora Íris d’Avó Gontijo, renominada Íris Gontijo Teixeira, irmã de minha marcante Mestra. Em tal Educandário, logrei felicidade e consistência, graças ao elevado estalão de seus Professores: Geraldo Majela Melo Santos (Patrono de gloriosa Cadeira desta AMULMIG), Joesse Melo Queirós, Léa Nilce Mota Pereira, Laércio Rodrigues, Elvino Paiva de Oliveira, José Calais de Resende Filho, Clarinda Teixeira Guerra, Júlio Malaquias, Sargento Geraldo Mascarenhas, Cornélia Maciel Gontijo (a lendária Dona Liquinha) e um outro Doutor Majela, sob os auspícios da Secretária Cotinha Pessoa e dos Disciplinários Maricota Marques, Adriano Bento da Silva e César Cardoso.
Naqueles tempos, a Educação Brasileira não claudicava, porque bem-acimentada nos rigores de Chico Ciência, Helena Antipoff, Henrique Schimitz, Elza de Moura (viva ainda, com cento e dois anos), Abgar Araújo de Castro Rénault e Saul Alves Martins (Coronel da PMMG, Professor da APMPra. Min., UFMG e PUCMG, construtor da primeira piscina de Bom Despacho, em 1944... Celebra-se, no próximo de novembro, o centenário natalício de Saul).
A Banda de Música do Sétimo Batalhão (ainda de Infantaria) fazia especial prodígio, no Coreto e Cine-teatro da Vila Militar, em praças de Bom Despacho e cidades vizinhas, em retretas, serenatas, cantatas, desfiles militares e comemorações religiosas, cívicas e sociais, sob a regência dos Subtenentes-Maestros José Milagres de Coimbra e José Floriano de Souza, musicistas de elevada autoridade artística e regentes zelosos de batuta invejável. Foram substituídos por outro Prócer da Arte de Euterpe, o Subtenente- Maestro Vicente de Araújo Silveira, meu primo, profundo conhecedor de harmonia e musicista erudito e sensível.
Em julho de 1965, aquela Banda Militar, regida pelo Subtenente José Floriano de Souza, com a ajuda prestimosa do Professor Geraldo Majela Melo Santos, o polimorfo e polissêmico Majelão a Enciclopédia da Cidade , executou, magistralmente, “La Marseillaise”, Hino patriótico da França, no Cine-Teatro (atual Auditório) do Batalhão, no Comando do Tenente-Coronel Wílson Mansos da Cruz, como parte da homenagem bom-despachense a Alunas e Educadoras de escola religiosa de Paris, visitantes ilustres à Cidade-Sorriso. Preparados pelo Professor Majela, quanto à letra, e Subten. Floriano, quanto à música, os Ginasianos do Miguel Gontijo, Professor Wílson e Colégio Tiradentes da PMMG cantamos, com fervor e acerto, o belo Hino Francês, para enlevo cívico das Visitantes.
Fui para o Sétimo Batalhão, em 1971, e dele saí, em 1973, com residência em Bom Despacho e Itaúna. Em Bom Despacho, de 1971 a 1973, lecionei Língua Portuguesa e Educação Artística, no Colégio Estadual Doutor Miguel Gontijo, e Língua Portuguesa
além de ter exercido a Administração Educacional no Colégio Tiradentes da Polícia Militar. Casei-me, então, em Araújos pela Cidade-Sorriso, com Maria das Graças Azevedo Miranda, em 17 de dezembro de 1971, transnominada para Maria das Graças Azevedo Castro, mãe de minhas quatro Filhas (Débora Lis, Janahina Záhida, Bruna Dáphne e Ana Lívia: as duas primeiras e a quarta de Bom Despacho, a terceira de Patos de Minas) e avó de meus cinco Netos (João Pedro, Arthur, Luísa, Clarice e John: o primeiro destes nascido em Bom Despacho). Vivemos harmoniosamente juntos e felizes, durante quarenta e dois anos, até o dia 13 de junho de 2013, quando se transferiu para o “outro lado do caminho” a adorável minha Graça.
Vou a Bom Despacho amiúde para ver Familiares. Agora, a partir de outubro de 2016, mais constantemente, para visitar minha Namorada Beatriz Campos de Paulo, a formosa e diligente Cerimonialista desta Sessão Academial.
Tenho, pois, com base nesta sobeja historiação, motivos de seiva, crença e alegria para autoconsiderar-me Bom-Despachense maiúsculo e verdadeiro, por laços de afeto e bem-querer!
Por isso, decidi representar Bom Despacho, efetivamente, nesta honorável Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais ─ AMULMIG, sob o manto poético de José d’Avó Gontijo, na Cadeira nº 329.
E meu Patrono?!...
Vejamo-lo...
Minha simpatia para com meu Patrono José d’Avó Gontijo começou, gratuitamente, no Grupo Escolar Coronel Praxedes de Bom Despacho, entre 1955 e 1958, em aulas ministradas por sua Neta, minha Professora Maria de Lourdes d’Avó Gontijo. Ela falava sobre seu Avô-Poeta e respectivos poemas, até recitava alguns, cheia de entusiasmo. Quis ver os declamados textos, ainda não editados. Em quartas-feiras de estudo no laboratório de Dona Lourdes casa de seu Pai, homônimo de seu Avô, sem a marca de Filho ou Júnior: Rua do Rosário, logo abaixo da Praça da Matriz (trecho agora denominado Rua Doutor Miguel Gontijo) ─, minha Diva-Educadora apresentou-me alguns versos manuscritos pelo Autor com caneta-tinteiro. Li-os, com admiração de menino de escola-primária... Uns dez poemas! Gostei de todos. Ao longo do tempo, não os esqueci, apesar de não tê-los memorizado. Comentei sobre o Poeta d’Avó e seus versos com os mais velhos. Meu Pai tinha notícia vaga das escritas e respectivo escrevedor, mas não passava disso.
No início deste século XXI, ouvi zunzuns acerca de providências para a publicação de José d’Avó. Em 31 de janeiro de 2004, quando completei meus cinquenta e sete anos, meu Pai deu-me de presente um exemplar de A Produção Poética de José d’Avó Gontijo, da única e tardia edição empreendida pelo SESC Minas Gerais, em 2003, sob a gestão regional do Doutor Robínson Corrêa Gontijo, bom-despachense da gema. A página 8 sugere o subtítulo da Obra: José d’Avó Gontijo, o romantismo em forma de poesia. Com parcos registros de biografia, crítica e prefaciação, o Livro, com sumário inepto, ostenta boa qualidade de impressão e encapação, reúne quase trezentos poemas e alguma prosa, e tem grandiosa importância literária.
O Patrono de minha Cadeira 329 nesta Casa de São Francisco de Assis nasceu na Vila do Bom Despacho-MG, em 16 de abril de 1860, onde faleceu aos quarenta e cinco anos e dez dias de idade, em 26 de abril de 1905. Era Filho de Francisco de Paula da Costa Gontijo o abastado e poderoso Major da Piraquara e Clara Cândida de São José. Casou-se com Angélica Cândida de São José, com quem teve um filho José d’Avó Gontijo, pai de minha louvada Professora Maria de Lourdes d’Avó Gontijo e uma filha
                    Hermengarda (inspirada naquela sofredora Figura bem-urdida por Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo, no megarromance histórico Eurico, o Presbítero) Gontijo [Madeira, após casar-se com José Antônio Madeira]: mãe de Ilza, Jacira,
Irene...]. O nome real do Poeta de acordo com pesquisa realizada por Beatriz Campos de Paulo, em 17 de julho de 2017, no Livro de Matrícula-1874 da Escola do Caraça era JOSÉ ANTÔNIO GONTIJO (14...[anos]), f. de Francisco de Paula da Costa Gontijo Bom Despacho”. O apelido d’Avó, segundo Maria Inês Gontijo Campos, Bisneta do laureado Poeta, adveio do fato de Ele ter sido criado pela respectiva Avó (não sei se materna ou paterna). Daí, a transformação do apelido em sobrenome de família, assentado em filho, neto e netas: d’Avó! O Pai de minha sublime Professora, o disse, recebeu o nome real de José d’Avó Gontijo (sem nenhum patronímico Filho ou Júnior). O filho deste, e neto do Poeta, chamava-se também José d’Avó Gontijo (sem o acréscimo de Neto). Conheci o Pai de Dona Lourdes: era Juiz de Paz em Bom Despacho. Lembro- me também do Irmão dela José d’Avó Gontijo (sem nada de Neto nem outra marca), Neto do Protopoeta: casado com Gleyds de Azevedo Miranda, irmã de meu Sogro João de Azevedo Miranda e tia de minha finada Esposa Maria das Graças Azevedo (Miranda) Castro. Os Sobrinhos-Alunos de Dona Lourdes, e meus colegas de sala de aula, no Coronel Praxedes, Fernando de Azevedo Gontijo e Fábio de Azevedo Gontijo, filhos do José d’Avó e Dona Gleyds, vieram da goiana Formosa para estudar em Bom Despacho, exatamente sob os enérgicos e eficazes regimes pedagógicos adotados pela Titia Lourdes d’Avó...
Não sei de atividades não literárias nem de exercícios profissionais de meu Patrono, mas soube de sua inclinação para a embriaguez alcoólica, de acordo com sua Bisneta Maria Inês. Também enfrentava crises de depressão.
Seu texto, de morfossintaxe muito boa, com agradável lucidez estilística, revela seu refino intelectual e humanístico, sua contagiante sensibilidade, sua argúcia crítica, seu desabafo catártico e sua têmpera libertária, tudo mediante linguagem sugestiva e bela: Literatura de Verdade, mercê da riqueza expressiva e densidade metafórica de sua escritura, prioritariamente no engenho versificado e bem-metrificado, sonora e surda, porém linguisticamente melódica, e acidentalmente na prosa, também literária e digna de boa-aceitação, mercê da agudeza crítica de nosso Poeta Bom-Despachense.
A Produção Literária de José d’Avó Gontijo fica na Cosmovisão do Liberalismo da Revolução Francesa e na forma de expressão epocal do Romantismo, no geral, e na Cosmovisão do Liberalismo-Cientificismo e na forma de expressão epocal do Romanstismo-Realista, no particular.
Vejo neste Livro precioso o burilamento ético-estético decorrente do apuro pessoal e intelectual adquirido em Educandário respeitável, como a Escola do Caraça, especialmente naqueles tempos de escassez escolar em Pindorama, e Vila do Bom Despacho.
Eis sinais românticos e romântico-realistas em Zé d’Avó: I.em verso:


              “Em Pitangui”.

“A vez que fui primeira a Pitangui,
Falar ouvi na genial beleza
Daquela, a quem de amor a natureza
Esmerou-se em formar tão bela ali.

Desejei ver logo essa princesa,
De quem bem se orgulhava Pitangui;
E vendo-a, eu por ela me perdi,
Perdi-me, ao ver do céu tanta pureza!

Um dia, a visitá-la, me aprontei,
Em sua residência, onde escutei
A voz daquele Arcanjo encantador!

Meu Deus, por que lá fui? Pergunto agora,
Por que não me tirou naquela hora,
Em que a vi, e me vi cego de amor?!”
(PPJ d’Avó, p. 12.)

1.    Pelo Romantismo: valorização do emocional sobre o racional, prevalência do sentimentalismo, manifestação de deleite amoroso:

Apesar dessas nítidas identidades românticas, o poema Em Pitangui (com homenagem à terra de mulher amada pelo Poeta e, àquela época, importante Comarca- Paróquia da qual prosperou o Centro-Oeste Mineiro, inclusive Bom Despacho) é soneto e, por isso, contraria a atitude romântica de preferência a poemas de forma livre, em verdadeira guerra contra os rigores contidos na ode, acróstico (o Livro de d’Avó estampa mais de vinte formas acrósticas lindíssimas, uma das quais intitulda Salve, Pitangui”, na página 250) e, principalmente, no rigoroso e geométrico soneto.
José d’Avó Gontijo, romântico extemporâneo, mas não inoportuno, em tempos mistos de Realismo (não Parnasianismo), Simbolismo e Pré-Modernismo, lavrou muito bem a poemação do soneto à moda solene de Francesco Petrarca, seu criador, e Luís Vaz de Camões, inaugurador dessa beleza suprema na Literatura Portuguesa, no Classicismo apolíneo e renovador.
d’Avó esmerou-se na urdidura da boa métrica e marcantes cesuras, não no Em Pitangui”, mas em todos os outros seus poemas, incluídos sonetos, acrósticos, sonatas e sextinas. Laborou muito bem os versos decassílabos heroicos e sáficos, alguns alcaicos, o eneassílabo ternário, o redondilho maior e menor.
Isso não lhe quebra o talhe catártico e libertário de Poeta do Romantismo, apesar das oscilações temporais.

2.    Pelo Romantismo-Realista: crítica atrelada à catarse e fantasia, com lirismo arrebatador, ousado e metafórico por excelência, de cunho pessoal e metafísico:

O Maldito.

“Ah! como vive de pesar cercado
Meu peito exausto de penar ferido!
Sou neste mundo em galé, forçado
A viver sofrendo como um vil bandido!

Que dor enorme e que agonia
Minh’alma sente neste mundo ermo!
Não tenho a herança de findar um dia
A minha dor de [ao] meu sofrer [dar] termo!

Não pode haver quem padeça tanto!
Vivo na terra do prazer proscrito;
E da desgraça sob o triste manto
Eu ouço sempre uma voz Maldito!

Mesmo a mulher, por quem amo a vida,
Me odeia e vota um desprezo eterno!
Já da ventura é minha fé perdida,
Só tenho n’alma e no peito o inferno.”
(PPJd’Avó, p. 59.)


Vejo neste Poema o condoreirismo lírico não aquele Condoreirismo Épico- lírico de Antônio Frederico de Castro Alves em seus poemas de defesa popular e crítica social de sua fase abolicionista mesclada dos desesperos da Guerra do Paraguai! ─, mas o condoreirismo tipificado pelos altos e baixos da inconsciência adubada nos canteiros do desatino e sofrimento, devaneio e descrença, tédio, loucura, maldição, revolta e frustração existencial , nas asas do niilismo satanista incrementador do mal du siècle”. Talvez por isso, José d’Avó Gontijo tenha entrado na fornalha infernal do alcoolismo, como se percebe em seu poema Coitado, fora da Coletânea A Produção Poética de José d’Avó Gontijo publicada pelo SESC Minas Gerais, em 2003. Sobre Coitado e outro poema de Renato Fragoso, Coitado... do Renato, cuido mais ao fim deste Discurso.
II.em prosa e em verso:
O amor de d’Avó à figura materna está implícito, às vezes explícito, ao longo de tal Coletânea.
Em prosa, na página 24:
A mãe”.
“Se o talento humano e a imaginação de poeta fossem suficientes para esboçar a figura sublime de uma mãe, descrevendo minuciosamente o amor, o carinho, a abnegação com que acompanha seu filho desde o berço, poderíamos admirar radiantes o supremo livro da humanidade; um livro superior ao de Jó; esse grande poema da paciência e da soledade; um livro mais belo que o dos Macabeus, sublime epopeia do patriotismo e da abnegação maternal. Oh! Ser mãe! Nada mais respeitável, mais sublime!”

Em verso, na página 34:

                Amor de mãe”.

“No mundo não poder tão sublime,
Riqueza, nem glória de tanto esplendor;
Como os afetos de nossa mãe santa,
Que a vida nos doura com seu doce amor!

Quando inf’lizes nós somos na vida,
Quem terna e tão meiga nos vem consolar?
Se tristes choramos a nossa desdita,
Quem é qu’esse pranto nos vem enxugar?!

É nossa mãe santa, o anjo terrestre
Que tendo nos lábios eterno sorriso,
Apaga e dissipa as nossas tristezas,
Tornando este mundo um feliz paraíso!

Quando a desgraça ao filho persegue,
De mãe o amor no peito engrandece;
Embora aviltado, coberto de opróbrios,
Nunca, jamais o amor lhe fenece!

No leito de dor, o filho prostrado,
Sua alma é ferida de horrível penar!
Até mesmo a campa do filho querido
Com pranto dorido vem triste regar.”

Meu Patrono revela seu amor à querida Bom Despacho, sua terra natal, e à tradicional Biquinha, cartão-postal e símbolo bucólico da Cidade-Sorriso, bem ao centro desta, pertinho da Rua Lambari e Praça da Matriz, em poema sem título, no qual também se refere ao d’Avó coitado”...
Trata-se de belíssima e bem-trabalhada mensagem de saudade, tão ao gosto dos cultores do Romantismo, pela exaltação da Natureza, cujo poderoso acasalamento com a Cultura gera a Arte, por simbiose de Harmonização, de acordo com o genial Claude Lévy-Strauss.
Apreciemos esse poema, entalhado em dezesseis versos decassílabos [sete sáficos
de cesura lírica nas quartas, oitavas e décimas sílabas métricas (versos 1, 3, 5, 6, 13 e
15) ─, sete alcaicos de cesura apenas regular na décima sílaba métrica (versos 4, 7,9, 10, 11, 12, 14 e 16) e apenas dois heroicos de cesura épica ou marcial nas sextas e décimas sílabas métricas (versos 2 e 8).

Ei-lo:

“Tenho saudade de meus dias idos,
De amor perdidos, cheios de ilusão;
Dos meigos sonhos da risonha idade
Guardo saudade no meu coração!

Tenho saudade do chorar das fontes,
Dos horizontes de meu Bom Despacho;
Da meiga e doce Biquinha lendária
Que solitária corre tão baixo!

Tenho saudade das noites formosas,
Belas, ditosas, d’enlevos sem par;
Da terna canção de minha adorada,
Da serenata contigo ao luar!

Tenho saudades das gentis donzelas,
Lindas, belas, do enlevo sem par;
Da voz saudosa do d’Avó coitado,
Quando magoado cantava ao luar!”
(PPJd’Avó, p. 269.)


Tratemos, agora, do d’Avó coitado!
Segundo narrativas orais, pelo exagerado vício alcoólico, meu ilustre Patrono, escornado ao chão bom-despachense, despertou a determinada mulher murmúrio de compaixão, ao vê-lo naquele estado. Ela teria exclamado, em boa voz, a interjeição piedosa de Coitado! Ele ouviu tal manifestação e, ao retomar a lucidez, compôs, em três quadras de versos com métrica bem-livre e solta, diversa de seu padrão, mas tão coerente com a liberdade de expressão do Romantismo, embora dotado de rima alternada e bem- feita, marcante poema.

Apreciemo-lo, então, como suspiro poético e espirituoso, crítico e lamentoso!:

                       Coitado.

“Coitado expressa compaixão
E talvez então irônica proferiste,
Escarnecendo uma tão triste condição
Ah! Que tu com teu amor me reduziste.

Coitado, quem sofre compreende
O quanto exprime esta palavra compassiva,
De coitado traduz e se entende
Uma desgraça, uma miséria, uma dor viva.

Coitado, eu mereço, infelizmente,
Compaixão porque sou bem desgraçado,
Se persegue o infortúnio a mim somente,
Tu bem disseste, o teu amor me faz coitado.”
(Poema não publicado em PPJ d’Avó.)

Recentemente, ao tomar posse na Academia Bom-Despachense de Letras, o zeloso Jornalista Renato Fragoso meu ótimo aluno de Língua Portuguesa e Literatura no Curso Científico do Colégio Tiradentes da Polícia Militar da Cidade-Sorriso , em Cadeira patroneada pelo primeiro Vate da Terra do Cristal, assumiu por mote o poema acima e escreveu, em homenagem ao mesmo José d’Avó Gontijo, embutido no discurso de posse, como paródia ao exótico e expressivo terno de quadras, outro poema, também de sumo literário.
Com autorização de Renato Fragoso, transcrevo para este meu Panegírico a José d’Avó Gontijo o referido Poema:

           “Coitado do Renato.”
                      Renato Fragoso.

“Quem, em vida, por mulheres atormentado
Vive agora na eternidade incomodado
Por este mortal, um tanto descuidado,
Que, nem aos seus pés, merece estar curvado.

Coitado do Zé D’Avó! Mesmo estando no paraíso,
Vai precisar de um lenitivo
Para ser patrono deste plumitivo.

Coitado do Zé D’Avó!
Que homenageado com o patronato
Deste sandeu cujo nome é Renato.

Tadinho do Renato!
Conduzido à Academia neste ato,
Com direito à imortalidade, fardão e todo aparato,
Tantas honrarias o deixaram estupefato.

Orgulhoso de entregar o laurel a seu Patrono,
Tem a certeza de que ele não o deixará afono,
Na frente de tantos e tão ilustres conterrâneos.

E diz Renato,
No melhor trato:
Se, diante de tanta gente importante, sou abandono,
Falta-me a voz, fico sem sono,
Vem em socorro, ó Decano!
Dentre os poetas bom-despachenses o soberano.

Rogo ao Poeta que esta homenagem ele afiance
E que deste histriônico Vossa Mercê tenha dó,
Pois, quem sabe, talvez um dia, sua poesia alcance,
Já que, além de admiração, tenho inveja do Zé D’Avó!”

Louvores a Bom Despacho, terra amada e benfazeja onde me despertei para labores e conhecimentos diversos, e a seu primeiro Poeta, o esquecido José d’Avó Gontijo, cuja Obra maravilhosa temos de apreciar e espalhar Brasil afora e pelas cercanias intercontinentais.
Agradeço a tantos quantos ofereceram sua coparticipação valiosa à realização desta linda Cerimônia de minha Posse na Cadeira 329 desta notável Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais AMULMIG!
                aos Confrades e Confreiras dedicados ao melhor êxito dos procedimentos academiais indispensáveis a este Empreendimento Socioliterário!
               à Professora Samira Maria Araújo, pela arte de apresentar trechos de meu Romance O MANDACHUVA!
            a meu Neto Arthur Azevedo Castro Mota, pela viva leitura da primeira recitação de meu Livro-Poema ELOGIO À CRIAÇÃO: Fortuna Ecológica!
              à Mãe de Arthur, minha Filha Débora Lis Azevedo Castro Mota, pela bonita leitura de meu Poema BOIFONIA, oferecido à transboizagem em João Guimarães Rosa!
               ao Tenor Marzo Sette Torres, pela arte assegurada à beleza musical desta Sessão!
             à Odontóloga Beatriz Campos de Paulo, minha Namorada, pela excelência de seus feitos de Cerimonialista desta marcante Festa de Erudição e Humanidades!
               ao Poder Público Municipal de Bom Despacho, na pessoa de seu Prefeito Doutor Fernando José de Castro Cabral, pela adesão a meus propósitos de representante da conhecida Cidade-Sorriso nesta respeitável e operosa Casa de São Francisco de Assis!
              à zelosa Designer Bruna Dáphne Azevedo Castro, minha Filha querida, pela proveitosa e ótima preparação de meus textos e imagens!
              às queridas Netas Luísa e Clarice, queridos Netos João Pedro e John Zech, minhas Filhas Janahina Záhida e Ana Lívia, meus Genros Laércio Mota e Fernando Zech, e meu semiGenro Tadeu Henrique, pelo calor humano e carinho sempre dados a Mim, nos momentos de luta, reflexão e sossego!
            à Família d’Avó Gontijo, representante de meu Patrono e minha monumentosa Professora Dona Lourdes, pelo prestígio e apoio a este Evento!
             à Sônia Ferreira e Lili, pelos serviços logísticos de copa e cozinha prestados a esta Celebração!
             a meus Confrades e Confreiras, desta Casa e de Outros Sodalícios, Amigos e Amigas, Parentes e Amigos de Farda e Magistério, pela amizade e distinta consideração!
                a meus Padrinhos nesta AMULMIG, Acadêmico César Pereira Vanucci e Acadêmica Elisabeth Fernandes Rennó de Castro Santos, pela confiança em meu trabalho literário e epistêmico, e coragem de apresentar-me a esta Oficina da Arte da Palavra, com as substanciosas e agradáveis palavras com as quais me recebem e saúdam, nesta manhã, como Obreiro da Estética Ética de São Francisco de Assis!
Viva Bom Despacho!
Viva, imortalizadamente aceso, o Vulto genial do Poeta José d’Avó Gontijo! Muito obrigado a Todos!

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O cerimonial impecável e sóbrio, apresentado a seguir, garantiu o sucesso da Solenidade de Posse.

Cerimonialista: Odontóloga Beatriz Campos de Paulo.

Senhoras e Senhores, Acadêmicos e Convidados, bom-dia!
Bem-vindos! É com afeto que os recebemos na Casa de São Francisco de Assis, nesta manhã solene e festiva de 16 de setembro de 2017, quando a Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, em sessão de posse, recebe em seu Quadro de Acadêmicos o Poeta João Bosco de Castro, como representante do Município de Bom Despacho, sob a patronia do Poeta José d’Avó Gontijo.

I.                   Para compor a Mesa-Diretora, convido:

1.      o Presidente da AMULMIG, Escritor César Pereira Vanucci;
2.      a Presidenta Emérita da AMULMIG e atual Presidenta do respectivo Conselho Superior, e Presidenta da Academia Mineira de Letras, Escritora Elisabeth Fernandes Rennó de Castro Santos;
3.      o Presidente Emérito da AMULMIG e Presidente da Academia de Letras do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Poeta Luiz Carlos Abritta;
4.      a Acadêmica Marilene Guzella Martins Lemos, Presidenta da Arcádia de Minas Gerais;
5.      a Trovadora Dora Galinari, Presidenta da união Brasileira de Trovadores e Seção de Minas Gerais;
6.      Sra. Jacira Madeira Gontijo, representante da Família d’Avó Gontijo;
7.      Professora Samira Maria Araújo, representante do Município de Bom Despacho/MG, como Diretora do CESEC.

II.           Convido os Acadêmicos Luiz Carlos Abritta, Ângela Togeiro Ferreira e Marilene Guzella Martins Lemos para, em comitiva, conduzir à Mesa- Diretora o Neoacadêmico João Bosco de Castro.
III.    Com a palavra, o Presidente César Pereira Vanucci, para instalar oficialmente esta sessão solene de posse.
IV.             Convido a todos a ficar de para entoação do Hino Nacional Brasileiro, letra e música, respectivamente, de Joaquim Osório Duque-Estrada e Francisco Manuel da Silva, e da Oração de São Francisco de Assis, Patrono da AMULMIG e Padroeiro dos Poetas, aos acordes magistrais do Tenor e Musicista Marzo Sette Torres.
V.       Passo a palavra à Escritora e Acadêmica Elisabeth Fernandes Rennó de Castro Santos, para proferir seu discurso de saudação ao Neoacadêmico João Bosco de Castro, em nome desta Casa de São Francisco de Assis.
VI.    Agora, ouçamos a ária Aquarela do Brasil, de Ary de Resende Barroso, executada e cantada pelo Tenor Marzo Sette Torres.
VII.     É chegado o momento da posse do Neoacadêmico João Bosco de Castro.
VII.1.  De pé, o Poeta João Bosco de Castro o termo de compromisso acadêmico adotado pela AMULMIG.
VII.2.  Neste instante, prestado o compromisso, o Empossando recebe da Presidenta Emérita desta Casa, Escritora Elisabeth Fernandes Rennó de Castro Santos, o Diploma de Acadêmico e a Insígnia da AMULMIG.
VIII.     Convido o Acadêmico João Bosco de Castro para proferir seu discurso de posse, com apresentação de seu Município Bom Despacho e panegírico a seu Patrono, o Poeta José d’Avó Gontijo.
IX.        Ouçamos, agora, pela Arte sublime de Marzo Sette Torres, a ária La Vie en Rose, música de Louis Guglielmi e letra original de Edith Piaf.
X.           Três excertos literários de João Bosco de Castro passam a ser apresentados a Todos Nós, neste momento.
X.1.     Convido a Administradora Débora Lis Azevedo Castro Mota, filha do Empossado Poeta, para ler o poema BOIFONIA, de seu Pai.
X.2.     Convido o Estudante Arthur Azevedo Castro Mota, neto de João Bosco de Castro, para ler a Recitação I: Fortuna Ecológica, do Livro-Poema ELOGIO À CRIAÇÃO, de seu Avô.
X.3.     Convido a Professora Samira Maria Araújo, Diretora do CESEC de Bom Despacho, para apresentar trechos do Romance O MANDACHUVA, do Acadêmico João Bosco de Castro.
XI.    Ouçamos, agora, a ária Moon River, música de Henry Mancini e letra de Johnny Mercer, executada e cantada pelos Talentos de Marzo Sette Torres.
XII. Chamada dos Acadêmicos para declinação do Nome, Município Representado e Patrono.
XIII.       Passo a palavra ao Presidente César Pereira Vanucci, para seu discurso, considerações finais e encerramento desta Sessão de Posse.
AMULMIG e o Acadêmico João Bosco de Castro, ao agradecer tão prestigiosas presenças, convidam a Todos para um lanche colonial, a ser servido na Esplanada desta Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais.
Muito obrigada!
AMULMIG, em Belo Horizonte-MG, 16 de setembro de 2017. Acadêmico César Pereira Vanucci, Presidente da AMULMIG.

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Fotos da Sessão Solene e do Congraçamento com Coquetel Acadêmico






O neoacadêmico foi conduzido à Mesa de Honra
pelos academicos Angela Togeiro, Marilene Guzzela
Martins Lemos e Luiz Carlos Abritta.

Convidados e acadêmicos recebendo  neoacadêmico



Composição da Mesa de 
Honra da esquerda para a direita e instalação da Solenidade

Cerimonialista: Odontóloga Beatriz Campos de Paulo;
Professora Samira Maria Araújo, representante do Município de Bom Despacho/MG, Diretora do CESEC;
Neoacadêmico João Bosco de Castro;
Acadêmica Marilene Guzella Martins Lemos, Presidenta da Arcádia de Minas Gerais;
Presidente Emérito da AMULMIG e Presidente da Academia de Letras do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Luiz Carlos Abritta;
Presidente da Amulmig César Pereira Vanucci;
Presidenta Emérita da AMULMIG e atual Presidenta do respectivo Conselho Superior, e Presidenta da Academia Mineira de Letras, Elisabeth Fernandes Rennó de Castro Santos;
Sra. Jacira Madeira Gontijo, representante da Família d’Avó Gontijo;
Trovadora Dora Galinari, Presidenta da união Brasileira de Trovadores - Seção de Belo Horizonte;



 Com a palavra a Presidente para seu discurso e de 
recepção.


Efetivação da Posse - Diplomação

 Leitura dos termos do diploma


Leitura do Compromisso Acadêmico


Aposição do Distintivo da Academia
por Débora Lis Azevedo Castro Mota, filha do empossando

A parte musical ficou a cargo do Tenor Marzo Sette Tores




Leitura de  Débora Lis Azevedo Castro Mota, 
 filha do Empossado Poeta, do poema BOIFONIA



Leitura  Arthur Azevedo Castro Mota, neto de João Bosco de Castro, 
da Recitação I: Fortuna Ecológica, do Livro-Poema ELOGIO À CRIAÇÃO



 Professora Samira Maria Araújo apresentou trechos do
Romance O MANDACHUVA, do Acadêmico



Sra Jacira Madeira Gontijo, representante da Família d'Avó Gontijo


O Presidente da Amulmig no seu discurso 
de encerramento da Solenidade