JAIR BARBOSA DA COSTA
Cadeira 96 – Patrono Milton Campos, senador – Município de Ponte Nova, e empossado em 1978.
Cadeira 96 – Patrono Milton Campos, senador – Município de Ponte Nova, e empossado em 1978.
Em sessão presidida pelo presidente em exercício Acadêmico
Maurício Braga de Mendonça, a Amulmig comemorou a efeméride “Dia dos Pais”,
homenageando o Acadêmico Jair Barbosa da Costa, representando os demais
confrades.
O Acadêmico homenageado, além de Coronel da PMMG, possui
vasta atuação o campo do saber, atuando como professor de ensino médio e
superior, palestrante, contista, articulista, cronista, jornalista, ensaísta,
poeta, crítico literário, comunicacional e político, defensor extremoso da
língua portuguesa, ativista cultural etc.
O Pai Amulmig 2017 foi saudado pelo Acadêmico João
Quintino Silva. Das suas palavras de orador, em primoroso elogio, em resumo a
vida intelectual, cito: “Diplomas, comendas e medalhas, em fabulosa quantidade,
oriundas de instituições de educação e cultura, e de órgãos do Governo, atestam
o reconhecimento de seu múltiplo valor como cidadão, educador, esportista,
escritor, poeta.”, o que vem legitimar a trajetória profícua do confrade.
De outro lado, no interior sagrado lar, destaca-se o Pai
amoroso e devotado, e, sobretudo consagrado pelas filhas Gisele, Gislene,
Gleise, Glauce, Glice, Gelise. Ainda um avô dedicado de três netos, o faz
merecedor desta modesta homenagem prestada pela casa de São Francisco de Assis.
O Acadêmico Jair Barbosa da Costa usou a tribuna para
agradecer a homenagem e teceu um discurso a confreira Cely com quem manteve grande
amizade, dentro e fora da nossa casa.
A Acadêmica Lucília Cândida Sobrinho, nossa preciosa poetisa,
apresentou o poema “Perfil de Pai”, que transcrevemos aqui, e publicado no seu
livro “Retratos da Vida”.
Perfil de
Pai©
Coelho Netto, com muito acerto,
escreveu poeticamente
que “ser mãe é padecer no paraíso”.
E ser pai?!
Ser pai, na verdade,
é antes de tudo ter juízo, uai!
Ser pai é uma façanha
tamanha e não é jogo de perde e ganha.
Ser pai é se lançar na vida
para ser apoio, ser guarida,
ser a seta que aponta
a meta segura
para percorrer o caminho.
Se possível, com jeitinho...
com carinho.
Não é fácil conduzir
com energia e bom senso
e não ser exigente.
Mas o diálogo é um recurso
pertinente... Quase eficiente!
Às vezes, o pai é austero,
severo, mas com certeza,
companheiro e sincero.
Amoroso e preocupado,
deixa transparecer seu potencial
de pai dedicado.
Tem pai que é intransigente,
renitente...
Mas no fundo,
tem o coração na mão.
É o irmão, o amigo, o abrigo
que dá segurança
e cria esperança.
Sim, esperança
de um futuro tranquilo
para cada filho.
Pelos filhos o pai luta,
labuta, disputa
e corre atrás da sorte...
Para ser o suporte.
Pai é feito café:
- imprescindível,
gostoso e forte!
Com o passar do tempo,
num papo amigável,
lembra com alegria
uma travessura do filho
e diz cheio de vaidade:
- igualzinho a mim
quando eu tinha sua idade!
Já coroa, numa boa,
lá um dia, uma filha diz a ele:
- pai, você ainda é um “gato”!
Sorrindo, orgulhoso
pensa com seus botões:
“sou mesmo? Que barato!”
Perfil de pai
tem um montão
e haja pai e haja coração.
O pai pode ser:
careta, moderno,
tranquilo, nervoso,
alegre, carrancudo,
tímido, saliente,
modesto, vaidoso,
camarada ou durão.
Só não usa mais
é Ser machão!
Na verdade, não importa
o perfil do pai,
seja ele qual for.
Importa mesmo é que o pai,
investido de sabedoria,
deixe pulsar e irradiar
do seu coração a chama
luminosa do amor,
com muito amor.
PARABÉNS.
Não podemos deixar de ressaltar a magnífica
apresentação que foi feita do presidente em exercício Maurício Braga de
Mendonça e do orador Acadêmico João Quintino Silva pela nossa mestre de
cerimônias Acadêmica Maria Inês Chaves de Andrade, sobretudo pela delicadeza de
traçar uma rápida trajetória de vida e um perfil de pai de cada um.
O presidente em exercício, também usando da palavra,
exprimiu seus valores sobre a efeméride.
A neoacadêmica Martha Pezzini no ensejo da efeméride
também usou a tribuna.
De um lado a alegria da efeméride e de outro nosso
pesar pelo passamento de nossa confreira e amiga Cely Maria Vilhena de Moura
Falabella. Tivemos várias manifestações, inclusive do presidente em exercício
que lhe exaltou os valores.
O presidente emérito Luiz Carlos Abritta nos deu
ciência de sua presença no velório, em que estavam presentes diversos confrades
e confreiras. Representando a Amulmig, enaltecendo e declamando poemas da
confreira falecida. Também da oferta da Coroa de Flores em nome da Amulmig
representando o nosso universo acadêmico e amigo. Tornando à efeméride Dia dos
Pais, cumprimentou o confrade homenageado e o orador, declamou trova de sua
lavra sobre a efeméride.
O Presidente da Amulmig, Cesar Vanucci, impossibilitado
de comparecer, quis também prantear e exaltá-la, e o fez recordando quando de
sua posse como Acadêmico nesta academia em que a homenageou com as seguinte
palavras:
“A Acadêmica
encarregada de me saudar e que andou salpicando de cintilações meu itinerário de
vida, com generosidade só explicável pelo poder amorável da amizade, é ninguém
nada mais, nada menos, do que Cely Vilhena. Poeta maior, galardoada pela Academia
Mineira de Letras e União Brasileira de Escritores, Cely "busca no
infinito lírico razões de existência”: como assinala a Acadêmica Elizabeth
Rennó.
Em livros de Cely
– "Os olhos de Aarão – uma história poética de Belo Horizonte”,
"Conquista de meus amores" e “Na esteira do tempo" –, atesta-se
a validade do conceito de Jean Cocteau, quando define o poeta como ente
comprometido com o futuro das coisas.
“Ave, poesia!
Vinde, poetas,
mensageiros do amor maior, vinde, Poesia!
Que juntos
possamos cantar um canto novo, louvar a vida e abençoar o Encontro".
Essa flamejante
conclamação à nação dos poetas, é forma empregada por Cely para exprimir que
"a poesia é a resposta do ser e da estupefação de seu olhar à magnitude da
vida que esplende em seus arcanos".
Esses
mensageiros do amor maior, que nem a Cely e tantos outros excelentes poetas pertencentes
a esta Academia, com as fagulhas de beleza que espalham, asseguram-nos que a
poesia é necessária. E que os poetas, paranormais da beleza, contemporâneos do
futuro, são imprescindíveis. Como diz Vitor Hugo, toca-lhes como missão
preparar, para todos nós, dias melhores. Com os pés aqui e os olhos alhures."
Mensagem da nossa confreira Avelina representante do
Município de Conselheiro Lafaiete
Ao Ilustre Acadêmico Jair Barbosa da
Costa, o Pai Amulmig 2017, e aos demais confrades que são pais, a minha
homenagem com o poema da lavra do poeta queluziano Djalma Andrade, cadeira 004-A, patrono Jorge L. Davis, Município de Conselheiro Lafaiete, posse em 1963:
MEU FILHO
Djalma
Andrade
O meu filho,
que é doce, que é inocente,
Quando comigo
sai, luz que fascina,
Põe seus claros
pezinhos, brandamente,
Nas marcas dos
meus pés, na areia fina.
Ele segue-me os
passos, inconsciente,
Mas uma
estranha angústia me domina,
E calcando os
meus pés mais firmemente
Meu coração,
aos poucos se ilumina.
Sem saber, tu
me obrigas, filho amado,
A procurar a
rota mais segura,
A ter firmeza
em cada passo dado.
Nunca dirás –
que horror n’alma me vai!
Que te perdeste
numa estrada escura
Por seguires os
passos de teu pai!”
Um grande
abraço a todos os Pais da Amulmig.
Avelina Maria
Noronha de Almeida
cadeira 278, Patrono Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira,
Município de Conselheiro Lafaiete.
cadeira 278, Patrono Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira,
Município de Conselheiro Lafaiete.
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