Cadeira 283AcadêmicaZAÍRA MELILLO MARTINS(nasc, 04/02)PatronoProf. João Etienne Arreguy FilhoMunicípioITABIRITOAno da Posse 2000 |
A Amulmig
realizou neste 15 de maio a tradicional comemoração do Dia das Mães, elegendo
uma acadêmica representante do seu universo feminino com o título de Mãe Amulmig 2018. A criação desta homenagem
foi criada pelo então presidente – hoje emérito, Luiz Carlos Abritta em 1998.
Este ano a
representante eleita foi a acadêmica Zaíra Melillo Martins, importante
literata, com inserções em vários gêneros literários - e que muito tem contribuído
para o crescimento da nossa casa, professora, educadora e, sobretudo, Mãe. Mãe
de Daniela e Carmem Carolina.
Foi saudada pela Mãe Amulmig 2017 acadêmica Marilene Guzella Martins Lemos, que além da saudação apresentou mais um dos seus trabalhos históricos-literatos abordando a evolução da mulher como mãe, a maternidade e Maria, Mãe de Jesus. Também tivemos as falas dos acadêmicos Luiz Carlos Abritta e Elizabeth Rennó, e do presidente Vanucci além de familiares da homenageada.
Em concorrida reunião com familiares, amigos e acadêmicos, tivemos a grata satisfação de ouvir o discurso proferido pela acadêmica abaixo transcrito.
Foi saudada pela Mãe Amulmig 2017 acadêmica Marilene Guzella Martins Lemos, que além da saudação apresentou mais um dos seus trabalhos históricos-literatos abordando a evolução da mulher como mãe, a maternidade e Maria, Mãe de Jesus. Também tivemos as falas dos acadêmicos Luiz Carlos Abritta e Elizabeth Rennó, e do presidente Vanucci além de familiares da homenageada.
Em concorrida reunião com familiares, amigos e acadêmicos, tivemos a grata satisfação de ouvir o discurso proferido pela acadêmica abaixo transcrito.
Mãe
AMULMIG - 2018
Aos caros acadêmicos, familiares, amigos e
visitantes aqui presentes, quero
externar os meus sentimentos de gratidão a todos que compartilham comigo este
momento tão especial.
Sinto que esta tarde se reveste de um grande
significado para mim, desde que aqui me apresentei pela primeira vez, há dezoito
anos atrás.
Esta casa, uma instituição de cultura voltada às
letras, abençoada pelo nosso patrono
São Francisco de Assis, possui o sentido especial não só de congregar escritores, mas também
de nos reunir como numa grande e calorosa família. Aqui nos irmanamos numa
convivência saudável e gratificante, permutando experiências e fortalecendo
os laços de amizade que muito nos dignificam.
Foi com surpresa e até com uma certa ansiedade, que
recebi o simpático e descontraído convite da Angela Togeiro, dando-me a
notícia da escolha do meu nome para receber esta homenagem. Confesso-lhes que
não cogitava de ser agraciada com esta honrosa atenção, já que me encontro
entre tantas acadêmicas merecedoras de receberem o título de Mãe AMULMiG – 2018. Mas, sem sombra de
dúvida, aceitei o convite, sentindo-me imensamente feliz.
Quem me passa o referido título é a acadêmica Marilene
Guzella Martins Lemos, que conheço há pouco tempo, mas que, apesar disso,
aprendi a admirar de relance, naturalmente.
Percebi o seu jeito espontâneo de ser, a sua simpatia e a capacidade
de interagir com todos. Uma senhora admirável e inteligente, dinâmica e
atuante, com um expressivo currículo e uma participação destacada em diversas
atividades. Agradeço a sua prestigiosa atenção.
Há algum tempo atrás estivemos aqui falando das
nossas obras infantis. Apresentei as experiências vivenciadas por minhas duas
filhas, quando crianças, situando-as com os seus animais de estimação. Nessa
ocasião, se bem me lembro, falei do meu grande sonho de moça, a meta
principal da minha vida, que era a de ser mãe. E se não pudesse contar com a
bênção de ter os meus próprios filhos, tinha a firme convicção de que os
adotaria.
Mas a vida foi generosa comigo. Ainda bem jovem,
logo após me formar no curso Normal, tive um “treinamento” para a
maternidade. Cuidei de um sobrinho ainda bebê, pois sua mãe, que era minha
cunhada, tinha a saúde muito frágil e precisou se internar para um tratamento
cuidadoso. Meu sobrinho, o Mário Henrique, tinha apenas seis meses de vida e vinha de uma família de muitas crianças
pequenas. Com a minha cunhada internada e meu irmão meio desorientado, fui
buscar a criança, tomando a responsabilidade de cuidar dela, com o apoio da
minha mãe e dos familiares.
A princípio, meio doentinho, deu um certo trabalho.
Depois, com os devidos cuidados, tornou-se uma criança saudável, linda e
muito querida. Era a alegria da casa. No meu entusiasmo, até roupinhas eu
costurava pra ele, pois gostava de vê-lo muito arrumado. Tive por ele desvelo
de mãe.
Finalmente, passado um ano, precisei aceitar que
aquele menininho tão querido voltasse para a sua mãe verdadeira. Ele estava
com um ano e meio, já falava frases inteiras com a graça das palavrinhas
erradas, andava pra todo lado, enfim, era uma criança encantadora.
Sem querer ser dramática, digo que tive a minha
parcela de sofrimento até que, aos poucos, conformei com a situação. Afinal,
tudo passa... não é isso o que dizem?
Depois de algum tempo, já casada e morando no
interior de São Paulo, passei por uma experiência inusitada, envolvendo outro
bebê. Seguia com o meu marido para Sorocaba,a fim de controlar a minha
segunda gravidez,que devia ser bem acompanhada, pois a primeira fora perdida
prematuramente.
Vimos na beira da estrada uma mulher humilde,
pedindo carona, com um bebezinho enrolado nos braços. Assim que ela entrou no
carro, pedi para carregar a criança que parecia ter poucos dias. Perguntei
seu nome. Chamava-se Rafaela e tinha um irmãozinho gêmeo. Quando a mulher viu
o meu encantamento com a criança no colo, ela me perguntou se eu queria ficar
com a menina. Naturalmente surpresa com a proposta, calmamente falei com ela
da minha situação. Contei-lhe sobre a minha perda e da nova gravidez. Ela entendeu e ainda se
mostrou solidária. Ao sair do carro, em Sorocaba, falou comigo: “A senhora
vai ter uma menina muito bonita!”
E assim aconteceu, como falou aquela humilde mulher,
na sua extrema simplicidade. De vez em quando me lembro dessa passagem e me
pergunto: “ Onde estará Rafaela? Será que ela foi doada e sobreviveu?” Confesso que gostaria realmente de saber, mas
daqui, passados tantos anos, só posso desejar que ela tenha muita proteção,
como e onde estiver.
E a vida seguiu o seu curso, brindando-me com outra
filha, três anos após o nascimento da primeira. Desejei-a com muita
esperança, pois passara por um momento doloroso, com a morte inesperada da
minha mãe. Queria preencher aquele vazio interior. São coisas da vida que
precisamos aceitar.
Procurei dar às minhas filhas o que de mais
relevante recebi da minha mãe, repassando-lhes valores de honestidade,
justiça, compromisso com a verdade, respeito ao próximo, simplicidade de ser.
Sempre tivemos uma convivência harmoniosa, sem maiores problemas, baseada em
muita dedicação. Mesmo com os defeitos que eu possa ter, como qualquer ser
humano, tentei passar-lhes o melhor de mim. E recolhi bons frutos daquilo que
plantei. Tenho três netos que são como um oásis na aridez de certos percalços
da vida. Sustento a ideia de que minhas filhas e os meus netos são os bens
mais preciosos que possuo.
Para finalizar, afirmo que a maternidade é, por si
só, uma grandiosa missão. Apesar das
dificuldades da criação dos filhos nos dias atuais,com as mães se desdobrando
em múltiplas tarefas... apesar da conturbação de mundo que nos remete
agonias... apesar dos valores destorcidos... dos desmandos desta era virtual
em que vivemos... apesar de tantos sofrimentos vivenciados no mundo inteiro
pelas próprias crianças... apesar disso e muito mais, o amor materno é uma
força propulsora que sustenta todas as mulheres de boa vontade, na construção
de um mundo melhor.
Lembro-me de Og Mandino que escreveu: “Estou
convencido de que o maior legado que podemos deixar para os nossos filhos são
lembranças felizes.”
E completo com as palavras de Paulo Freire, na sua
iluminada sabedoria: “Educar é um ato de amor.”
Zaíra
Melillo Martins
15 de maio
de 2018
|
De sua lavra os
delicados poemas dedicados às suas duas filhas: Daniela e Carmem Carolina,
cedidos com ilustrações para este blog, e fazem parte do seu livro “De
Meninas e de Bichos”.
|
|
Flores para Daniela©
Filha,
As flores
chegaram com você.
Antes mesmo
do seu
primeiro
choro,
havia um
ramalhete
de rosas
vermelhas
me
alegrando para lhe esperar.
E quando
seus olhinhos mal abriam,
na
claridade
de um
quarto de hospital,
outras
rosas havia.
Ainda um
carinhoso gesto,
oferecendo
guiné e jasmim...
Em frente à
nossa casa
a secular
paineira
antes
estéril no florir,
derrama
galhos
estrelados
em cores,
como numa
oferenda
de alegria
e paz à nova criatura.
No jardim,
alguns
botões se abriram
para vê-la
chegar...
E houve até
um cravo
Que sorriu
em cores!
A presença
significativa do ipê
aconteceu:
carinhosamente
um
ramalhete amarelo
nos foi
oferecido.
Filha
você será
feliz.
Sim. Porque
as flores
cantam a
sua chegada!
E não só
cantam...
elas
sorriem, dançam,
caem em
cascatas,
rolam pelo
chão!
Prometo:
De cada uma
guardarei
um
exemplar.
Mais tarde,
ressequidas,
essas
flores lhe dirão
do quando
que você
foi
esperada
e de como,
imensamente,
foi feliz
sua chegada!
| |
Carmem
Carolina©
Minha
pequena boneca
de
cabelos dourados
e
olhos verdes folhas secas...
O
seu anunciar
foi
nascer de nova era,
em
época
de
amargo desalento.
Você
trouxe
a
esperança de um novo sol
para
substituir
a
enorme tristeza
de
uma vida querida
que
mal se extinguira.
Você
foi
a
mais íntima companhia
dos
meus dias tristonhos,
me
infundido força,
pois
estava em mim,
bem
dentro de mim,
crescendo
em vida,
aos
poucos.
Sei
que captou minhas tristezas
e
sentiu minhas lágrimas.
Temia
que nascesse
uma
criatura infeliz.
Mas
sei que, dentre as emoções
de
desalento,
captou
uma fase
de
forte espiritualidade
e
conformação.
Seu
nascimento trouxe alegria suave,
sem
arrebatamentos.
E
o seu crescer
nos
pega a todos de surpresa.
Criaturinha
adorável!
Nos
seus dois anos inquietos
e
buliçosos...
Meu
encanto de menina
carinhosa,
meiga e beijoqueira...
Os
seus caprichos
enchem
a nossa casa de alegria!
Sua
vozinha doce e trêmula
nos
faz abrir em sorrisos...
Você
captou tristezas
e
só me tem dado alegrias...
Você
nasceu de bem com o mundo.
Minha
pequena Lina,
você
é ternura, só ternura!
|
E ainda,
o delicado poema de sua lavra, na abertura do livro...
|
Prece
Origem,
raça, cor,
definitivamente nada importa...
...deixai
a penas que
que
venham a nós
as
criancinhas
com
os seus apelos,
que
maior será o desejo
de
acolhê-las
num
fraternal abraço
de
esperança e fé,
num
mundo cada vez melhor,
a
começar de agora
e
para sempre...
Assim
seja!
|
Alguns
dados do currículo de Zaíra
DADOS
PESSOAIS
Nome:
Zaíra Melillo Martins
Filiação:
Miguel Melillo e Carolina Vieira Melillo
Naturalidade:
Itabirito – MG
ESCOLARIDADE
-
Curso primário no Grupo Escolar Dr. Raul Soares – Itabirito/MG
-Curso
ginasial no Colégio Dr. Guilherme Gonçalves – Itabirito/MG
-Curso
Normal na Escola Normal Madre Illuminata – Itabirito/MG
-Curso
de Atualização Cultural da Mulher – Belo Horizonte – 1985
-Curso
de Língua Francesa, ministrado pelo Dr. Marcus Vinícius de Aguiar Coutinho – em
Itabirito/MG – 1997
-Curso
de Letras da Faculdade de Sabará/MG – concluído em 2005
-Curso
de pós-graduação em Psicopedagogia – Caeté/MG – 2006
ATIVIDADES
CULTURAIS E PREMIAÇÕES
-Publicação
do primeiro artigo no jornal paroquial de Itabirito, aos 16 anos.
-Primeiro
lugar no II Concurso de Poesias da SRM – Mairinque/SP – 1971;
-Primeiro
lugar no II Concurso de Contos da SRM – Mairinque/SP – 1972;
-Primeiro
lugar n I Concurso de Contos do jornal “O TUBÃO” – Caeté/MG- 1976;
-Destaque
Cultural de Caeté/MG – 1984/1987/1988;
-Premiação
no I Concurso de Jornalismo da Prefeitura Municipal de Congonhas/MG-
1985;
-Menção
Especial da Academia Internacional de Letras do Rio de Janeiro/RJ, com Medalha
de Bronze – 1987;
-Lançamento
da Antologia poética “Cidade Encanto”, em Itabirito/1987;
-Apresentação
de textos históricos sobre Itabira do Campo, no programa “Coisas Nossas”, da Rádio Cultura de Itabirito/MG – 1987;
-Destaque
do Ano, em Literatura, promovido pela Câmara Júnior de Itabirito/MG-1988;
-
Exposição da mostra “Imagem Literária”, a convite da Fundação Educacional de
Caeté – em 1990;
-Exposição
de trabalhos literários na Casa de Cultura de Itabirito/MG – 1995;
-
Foi membro das seguintes entidades culturais: Sociedade dos Escritores Novos
de Minas Gerais- Belo Horizonte;
Comissão Municipal de Cultura da Prefeitura de Itabirito; Associação Cultural de Caeté; Sociedade
Amigas da Cultura, Belo Horizonte; Conselho Delibera da Casa de Cultura de
Caeté; Departamento de Cultura da Sociedade Amigos da Cidade- Caeté, como
diretora; Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural de
Itabirito.
-Sócia
correspondente da Academia de Letras de Vassouras/RJ, indicada pelo escritor
e historiador Dr.José Carlos Vargens Tambasco;
-Publicações
nos jornais: “O Estado de Minas”, “Jornal de Casa”,”Jornal Ita”, “Gazeta de
Itabirito”, “Itabirito Notícias”,
“Imagens”, “Boletim do Rotary”, “O Tubão”, “Opinião”, “Folha de Caeté”,
“Acontece” e outros;
-Membro
da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais (AMULMIG), empossada em em
2000, como representante de Itabirito/MG;
-Revisora
do livro “Reencontros”, de José Pires, publicado em 2005, e autora do seu
texto de apresentação;
-Troféu
Carlos Drummond de Andrade, recebido em Itabira, em 2010, no evento
“Destaques do Ano”, que é o mais antigo do gênero no Brasil;
-
Lançamento da obra infantil “De Meninas e de Bichos”, na Biblioteca Pública
de Itabirito,em 16 de abril de 2011; no Museu Regional de Caeté, em 2011; na
livraria Encontro Marcado,em Itabirito- 2012;
-
Mérito Educacional concedido pela Câmara Municipal de Itabirito, em setembro
de 2011;
-
Participação da antologia “Écrivains Contemporains du Minas Gerais”, com mais
de 30 escritores mineiros, que divulgou a literatura mineira na França. O
lançamento oficial da antologia bilíngüe – português e francês – foi no Salão
do Livro de Paris, em março de 2012;
-
Medalha de Prata da “Académie Internacionale Merite et Devouement Français”,
recebida em Paris, passando a integrar a Academia francesa;
-
Medalha de Ouro do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais, recebida
em Mariana, em março de 2012;
-
Homenagem do Conselho Municipal de Turismo de Caeté, com placa comemorativa,
por destacar o nome da cidade no exterior – junho de 2012;
-
Medalha Francisco Homem Del Rey, concedida pela Câmara Municipal de
Itabirito-2012;
-
Participação da antologia “O Livro das Aldravias”, lançado em Portugal e na
Ilha da Madeira, em abril de 2013, quando ingressou nas seguintes agremiações
culturais:
- Academia Internacional de Heráldica;
- Academia Portuguesa de Ex- Libris;
-Seminário de Heráldica da Universidade
Lusófona de Humanidades e Tecnologias;
- Tertúlia Rafael Bordalo Pinheiro;
-
Participação dos saraus literários promovidos pela Biblioteca Pública de
Itabirito;
-
Premiação no concurso de contos do Ministério da Cultura e Fundação da Vale,
com o lançamento do livro “Histórias que Ouvi Contar”, em Mariana/MG, em
2013;
-
Projeto do primeiro livro de aldravias, escrito pelos alunos da Escola
Estadual Sebastião Ribeiro de Brito, de Caeté, com a participação das
professoras de português, ensino fundamental. Foi intitulado: “Pequenos
Grandes Poetas”. O prefácio é de sua
autoria.
-Homenagem da Escola Estadual Sebastião Ribeiro de
Brito, por ocasião do lançamento do livro dos estudantes, em 2014;
-
Premiação no Concurso Internacional de Literatura da ALACIB, com entrega dos
prêmios em março de 2014- Mariana/MG;
-Posse
como acadêmica na Academia de Letras Artes e Ciências Brasil (ALACIB), em
Mariana, tendo com patrono Affonso Ávila – junho de 2014;
-
Participante da comissão que escolheu a melhor redação estudantil alusiva aos
300 anos de Caeté, em 2014;
- Participante do projeto “Poesia Viva”, do
grupo de escritores de Mariana, com a doação dos livros infantojuvenis.
- Apresentação do livro “Flor da Pedra”, de
autoria da acadêmica Elza Aguiar Neves;
-
Premiação da Academia de Letras de Ponte Nova, no concurso de contos de 2014;
-
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Ciclo do Ouro, com sede em
Sabará, empossada em 2015, tendo como patrono Antônio Francisco Lisboa. Participou da Revista n.
3, lançada no primeiro semestre de
2017;
-
ESPECIFICAÇÕES DOS LIVROS PUBLICADOS:
-Cidade
Encanto – Belo Horizonte: Sociedade
Gráfica e Editora Ltda, 1987.
-De
Meninas e de Bichos – livro infantojuvenil: Belo Horizonte: Tecgráfica
Gráfica e Editora, 2010.
-ESPECIFICAÇÕES
DAS PUBLICAÇÕES EM ANTOLOGIAS:
-Brasil Literário – Rio de Janeiro: Crisalis
Editora, 1984 – premiação.
-Poetas
Brasileiros de Hoje – Rio de Janeiro: Shogun Editora e Arte Ltda, 1985-
premiação.
-Literatura
Brasileira – Rio de Janeiro:Shogun Editora e Arte Ltda,1985 – premiação.
-Os
Mais Belos Contos do Brasil – DF: Agência de Notícias Brasília Ltda,1987 –
premiação.
-Boletins
da Academia de Letras de Minas Gerais – Belo Horizonte: AMULMIG.
-Coletâneas
da AMULMIG – Belo Horizonte: Emil Editora, 2002,2003,2004,2005 e 2006 - premiações
de contos e poesias.
-Itabirito
em Revista –publicações periódicas do
editor Emílio Nolasco, como colaboradora.
-Riscos
e Versos – Belo Horizonte: Editora FAPI, 2006.
-Écrivains Contemporains du Minas Gerais – Paris: Yvelinédition,
2012.
-Livros
das Aldravias- Mariana, volumes I, II, III, IV e V (edições anuais, com
início em 2012): Aldrava Letras e
Artes.
-O
Livro I das Aldravipeias – Mariana: Aldrava Letras e Artes, 2014.
-Histórias
que Ouvi Contar – Mariana:Ministério da Cultura e Fundação Vale,2014-premiação.
-Coletânea
ALACIB (prosa e verso) – Mariana: Aldrava Letras e Artes,2014 – premiação.
-Revista
n. 3 – Edição Comemorativa – do Instituto Histórico e Geográfico do Ciclo do
Ouro – Sabará: Gráfica e Editora o
Lutador, 2017.
-A
História Tricentenária do Alto Rio das Velhas da nascente a Itabirito e Rio
Acima- do historiador Walter Gonçalves Taveira. Prefácio e participação do
livro – Belo Horizonte: Gráfica e
Editora O Lutador, 2017.
|
Poema enviado pelo nosso confrade João Bosco de Castro sobre o Dia das Mães, a escultura é também de sua autoria
Introito à Homenagem Mãe Amulmig 2018 - Zaíra Melillo Martins
DIA DAS MÃES ou o significante de seu
significado.
(Academia Municipalista de Letras de
Minas Gerais – maio/2018)
Maria Inês Chaves de Andrade
Dia
das mães. O coletivo individualizou-se no Domingo. Então, a mãe de seu filho
esteve com ele à mesa, no hospital, na penitenciária, na rua. A mãe de seu
filho se lembrou dele e foi lembrada. O dia teve presente e ausência. Para a
emoção, houve indulto, licença e alta. A memória fez álbum e postagem. Todas as
pazes foram feitas. Pudesse a paz ter mãe! Os filhos da mãe se assentaram com
ela. A Mãe foi lembrada na missa e nossa missão continua a ser entender a
Palavra do Filho e pediremos que Ela interceda por
nós. As mães solteiras reconheceram o semblante do amor que tanto não antecedeu
a face do menino como ficou brocado nele. O pai viúvo disse da beleza da menina
de onde ela a puxou. O marido agradeceu pelos filhos que aquela mulher lhe deu.
A avó emocionou-se com tanta família. A empregada serviu a saudade dos seus no
prato de hora extra com necessidade. Nas maternidades, outras mães chegaram ao
mundo. Nos velórios, houve mães que descobriram que nunca deixamos de sê-lo,
mesmo quando já não somos mais. Nos abrigos, as mães dos filhos de outras mães
deram a elas a acolhida que não puderam. As mães fomos homenageadas, tenha sido
como foi e como deu. Nós olhamos para nossos filhos, fossem eles quem fossem. E
quisemos que ficassem bem e que conseguissem realizar seus sonhos e enfrentar a
realidade. E esperamos que os filhos de outras mães não os ofendam e muito
menos sob a guarida delas. Afinal, nossos filhos são múltiplos e tantos. E
todos eles merecem viver deixando que os outros vivam também. As mães
precisamos aprender a ser, verdadeiramente, maternais e conosco e umas com as
outras porque a fêmea do bicho-homem tem-nos sido insuficiente à humanidade que
queremos realizada para os nossos filhos. Nenhum filho mais haverá de ser
crucificado porque houve Naquele o limite para o perdão de nossos pecados. O
Planeta lar precisa que nossa igualdade na diferença faça diferença. Somos mães
e mães sabem o que fazer por sua família humana e pela humanidade de sua
família, quase seja o mesmo, eco e toada. Dia das mães. Todas fomos únicas. O
coletivo, singular. A responsabilidade, grave porque estivemos grávidas. E, especialmente, porque Domingo foi a
primeira chance que tivemos depois de tanto para fazer deste mundo um lugar
melhor e mais bonito para todos os nossos filhos. Dia seguinte foi a segunda ou
só segunda-feira. Terça-feira, nesta Academia Municipalista de Letras, uma terça
parte daquela esperança, ainda, remanesce. Continuemos, pois, nossa luta de
mães.
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