|
No dia 20 de fevereiro, a assembleia foi liderada pela
presidente em exercício Maria Auxiliadora de Carvalho e Lago. Nesta data
comemora-se o Dia Internacional da Justiça Social, criado pela ONU. Vários acadêmicos
discorreram sobre assunto, como Angela Togeiro entre outros. Tivemos ainda
participações brilhantes das acadêmicas Maria de Lourdes Rabello Villares, Sidnéia
Nunes Guimarães e Marilene Guzella Martins Lemos. A aplaudida participação da acadêmica
Maria Armanda Capelão Ferreira que publicamos aqui parte de sua fala gravada
durante a reunião.
Parte 1
|
Parte 2
|
Parte 3
|
A assembleia da Amulmig do dia 6 de fevereiro foi totalmente
dedicada à palestra “O enigma dos OVINIs na visão de um repórter”, proferida
pelo presidente César Pereira Vanucci e lançamento do seu livro.
“A reunião teve como Mestre de Cerimônia a confreira Maria
Inês Chaves de Andrade que anunciou o tema da palestra – OVNIS – a ser
ministrada pelo nosso presidente César Vanucci. Leu o invejável e vasto
currículo do palestrante que se intitula apenas ‘um repórter’, mas que já
ocupou cargos de suma importância e
continua publicando suas ideias e considerações em muitos órgãos da mídia. Pelo tema da palestra, dou destaque apenas ao
seu grande conhecimento de ufologia ou seja, sobre discos voadores, assunto que
têm intrigado as pessoas nas últimas décadas. Visitou inúmeros países como
participante e expositor, na condição de jornalista, de Congresso Internacional
destinado ao estudo de Fenômenos transcendentes. Coordenador do Ciclo de
Estudos “Travessia do Milênio”. Foi Patrono do XX Congresso Brasileiro de
Ufologia recentemente realizado em Belo Horizonte e patrono do FOTRANS (Fórum Permanente de Estudos sobre fenômenos
Transcendentais)” – texto da ata lavrada pela secretária.
A primeira reunião da Amulmig de
2018 aconteceu no dia 23 de janeiro. O ponto chave foi a comemoração 55º
Jubileu-Amulmig, 1963-2018, que ocorrerá no dia 08 de abril, data em que foi
fundada. Assim, para comemorar os 55 anos de fundação, foram propostos vários
eventos embriões que serão desenvolvidos ao longo do ano.
Recebemos
a visita de nossa acadêmica honorária Maria Elvira Salles Ferreira, que
pretende ocupar uma cadeira, passando a ser efetiva. E ainda a visita do
escritor Ricardo de Moura Faria, autor dos livros: “O amor nos tempos do AI-5” e
“ Amor, opressão e Liberdade”.
O presidente ressaltou os artigos
que publicou no “Diário do Comércio”, de
Belo Horizonte, em 16.1.2018, sobre a Amulmig e as atividades desenvolvidas em 2017,
uma retrospectiva profícua do crescimento da academia sob sua direção, que,
cedidas por ele, publicamos a seguir.
Publicado
no “Diário do Comércio”,
de Belo Horizonte, em 16.1.2018
Programação cultural fecunda
Cesar Vanucci *
“A cultura é ampliação da mente e do espírito.”
(Nehru, pensador indiano)
A boa aquisição cultural consiste na tomada de conhecimento daquilo que
de melhor o espírito humano consegue projetar. Estribados em tal premissa os
participantes das assembleias da Academia Municipalista de Letras de Minas
Gerais (Amulmig) têm vivenciado instantes de enriquecedora fruição literária e
artística em seus rotineiros encontros intelectuais. Acontece que a programação
das tardes de terça-feira na respeitada instituição é sempre sublinhada por
requintado teor humanístico.
O aprazível recanto localizado no Alto das Mangabeiras, em logradouro
que traz o nome de escritor afamado (Agripa de Vasconcelos) – prédio que
pertenceu ao inolvidável estadista JK, integrante da primeira ilustre leva de
acadêmicos, e que conserva nas paredes traços arquitetônicos saídos da
prancheta criativa de Niemeyer -, acolhe sempre público vibrante, apto a
exercitar, nas duas horas de duração das reuniões, proveitoso intercâmbio de
ideias.
Breve recapitulação das acontecências culturais da Amulmig no ano de
2017 comprova esplendidamente o que acaba de ser dito. O “Dia da Mulher” e o
“Dia da Poesia” foram foco de movimentada tertúlia literária coordenada
magistralmente pela escritora Maria Inês Marreco. Noutra ocasião, dominada por
atmosfera bem descontraída, a escritora Marilene Guzella M. Lemos relembrou “os
velhos carnavais” em aplaudida exposição. A importância do livro infantil na
formação cultural mereceu destaque em evento que congregou talentosas
intervenções de numerosos acadêmicos, vários deles com obras nessa área da
criação artística. Maria Armanda Capelão encarregou-se esplendidamente da
exposição central. Lucília Cândida Sobrinho comentou a obra de La Fontaine.
Altair Andrade de Pinho reportou-se aos trabalhos de Charles Perrault. Ângela
Ferreira Togeiro focalizou os livros dos Irmãos Grimm. De uma análise das
criações de Hans Christian Andersen encarregou-se Ismaília de Moura Nunes,
enquanto João Quintino Silva discorreu sobre Lewis Carroll e Tânia Mara Costa
Leite sobre Monteiro Lobato.
O “Mártir da Inconfidência” foi o título de excelente palestra proferida
por João Bosco de Castro, na celebração da “Semana da Inconfidência”. O
Desembargador Federal do Tribunal Regional do Trabalho, Antônio Álvares da
Silva, fez substancioso pronunciamento sobre “A Legislação Trabalhista no
Brasil” em assembleia destinada a comemorar o “Dia do Trabalho”. Cesar Vanucci,
noutra reunião, abordou o tema “O idioma como expressão da cultura brasileira”.
Em palestra rica de conceitos e informações antropológicas, a professora Regina
Bessa discorreu sobre a “Oralidade e Escrita no Brasil”. O acadêmico Rogério de
Faria Tavares retratou, com elogiável fluência verbal, flagrantes altamente
sugestivos da vida e obra de Antônio Avelino Fóscolo.
No magnífico encontro destinado a celebrar o “Dia das Mães”, a “Mãe do
Ano Amulmig 2017”, Marilene Guzella Martins Lemos, falou, com a costumeira
eloquência, sobre “Os arquétipos das deusas mães de povos primitivos”. A
teóloga Marlene Vieira Chaves de Andrade, na sequência, discorreu
brilhantemente sobre “A totalidade que anima a sociedade humana, a transcendência
de Deus, a esperança e a desesperança diante do quadro em que vivemos”.
Os tradicionais festejos juninos inspiraram outro evento expressivo do
ponto de vista cultural na programação da Amulmig. Lucília Cândida Sobrinho
encarregou-se da apresentação de atraente trabalho sobre o sentido cultural
dessas manifestações. Grupo folclórico da cidade de Luz, coordenado pela
acadêmica Cândida Correa Costa, emoldurou a reunião com lindos números
artísticos típicos.
Cabe enfatizar, a bem da verdade, que todos esses acontecimentos
alusivos à programação cumprida pela Amulmig no primeiro semestre acusaram
concorrida participação de acadêmicos e convidados. As exposições motivaram
interessantes debates, incorporando revelações, dados, informações preciosas
aos trabalhos focalizados.
A fecundidade das ações empreendidas pela Amulmig, entidade que
desempenha exemplarmente sua missão como guardiã serena de saberes acumulados,
é de molde a inspirar um registro
complementar, concernente aos eventos ocorridos no segundo semestre.
Fica para a próxima crônica.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
de Belo Horizonte, em 18.1.2018
Cultura, fonte de alegria e beleza
Cesar Vanucci *
“Quando ouço alguém falar em cultura, puxo do meu revólver!”
(Hermann Goring, dirigente nazista)
Historiadores atribuem a Hermann Goring a frase que se segue: “Quando
ouço alguém falar em cultura, puxo do meu revólver!” Louis Pauwells, um
pensador que soube interpretar com exatidão, em poéticos voos condoreiros pelos
infindáveis domínios da imaginação, a fascinante - posto que conturbada -
aventura humana, tomou conhecimento da boçal vociferação do chefe nazista,
redarguindo com esta lapidar exclamação: “Quando me falam em revólver, puxo a
minha cultura!”
Estes conflitantes conceitos retratam entrechoque que vara os tempos. De
um lado, colocam-se os que proclamam, alto e bom som, a primazia dos atributos
culturais no comportamento cotidiano. No lado oposto ficam os que,
egoisticamente, reféns de empedernido utilitarismo, consideram as manifestações
culturais “coisa tal qual, que sem ela a gente vive tal qual.” Estes últimos,
enfurnados em mesquinho individualismo, enxergam a cultura como artigo
supérfluo. Pouco se importando com o atestado de supina ignorância que, por
conta disso, se lhes é agregado ao currículo, desconhecem ser a cultura
instrumento prioritário. Melhor dizendo, um impulso vital no processo de
conscientização das coisas do mundo. E, ainda, fonte de alegria e beleza.
Trago, com claro intuito, estas reflexões à apreciação do culto
leitorado no momento em que dou continuidade ao relato acerca das efervescentes
atividades culturais desenvolvidas pela Academia Municipalista de Letras de
Minas Gerais. Faço questão de enfatizar que, a exemplo de outras valorosas e,
mercê de Deus, numerosas instituições consagradas à difusão da cultura, a
Amulmig cumpre esplendidamente a missão de explicar que a cultura é uma
necessidade imprescindível de toda a vida. É uma dimensão constitutiva da
existência humana, como magistralmente assinala Ortega y Gasset, pensador
universal que viveu entre 1883 e 1955.
Recapitulando os eventos significativos de 2017 anotemos, primeiramente,
que sete intelectuais de realçante presença na cena mineira passaram a integrar
os quadros acadêmicos: Tânia Mara Costa Leite, Maria Inês Chaves de Andrade,
Rogério Faria Tavares, João Bosco de Castro, Martha Tavares Pezzini, Ignez Montepulciano
e José Alberto Barreto. As assembleias de recepção revestiram-se de grande
brilhantismo. Como é da tradição, a Academia homenageou o “Pai do Ano”. A
carinhosa manifestação de apreço recaiu na pessoa do decano da casa, Jair
Barbosa da Costa. Este mesmo acadêmico proferiu, noutro momento, uma bela
palestra focalizando a opulenta literatura portuguesa, com realce para a vida e
obra de Luís Vaz de Camões. “Na comemoração da “Semana da Pátria” a acadêmica
Tania Mara Costa Leite reportou-se, em aplaudida palestra, a descrever traços
comportamentais e culturais característicos da gente brasileira.
“A vida e obra do escritor Júlio Diniz” foi tema de palestra, noutro
encontro rodeado de entusiasmo, por parte da acadêmica Ismaília de Moura Nunes.
Leslie Ceoto Deslandes abordou, em sugestiva exposição, o tema “Saúde: promoção
e prevenção”. Outros trabalhos que despertaram grande interesse do público, em
diferentes reuniões, tiveram como autores Lucília Cândida Sobrinho, que falou
sobre “Poesia e Folclore”; Rogério Faria Tavares, que expendeu comentário sobre
“A vida e obra de Alfredo Caramatti”; e Almira Guaracy Rebêlo, que analisou a
trajetória literária da poeta portuguesa Virgínia Victorino.
Como existem outros expressivos registros a serem feitos a respeito da
pujante ação cultural empreendida pela Academia Municipalista de Letras de
Minas Gerais, deixo para artigo vindouro a complementação deste sintético e
singelo relato que me dispus a registrar neste acolhedor espaço. Estou
consciente do significado relevante que a
divulgação de fatos positivos representa nesta fase da caminhada
cotidiana sacudida por tanto desatino e ignorância.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Publicado
no “Diário do Comércio”,
de Belo Horizonte, em 20.1.2018
Cultura gera vida
Cesar Vanucci *
“A vida se vive e se escreve.”
(Pirandello)
A cultura concorre para que se mantenha sempre ativado o compromisso das
pessoas com a verdade. Deduz-se daí, então, que ao fomentar alegria e beleza a
cultura gera vida em abundância. Na concepção acadêmica, um mimoso conceito de
Pirandello merece ser acatado como proposta ideal para boa performance
intelectual: “A vida se vive e se escreve”.
As instituições seriamente engajadas na divulgação da cultura,
constituindo estuário pujante do pensamento humanístico, conferem à palavra,
bem como a outras modalidades de expressão da inteligência, valor essencial em
suas iniciativas. Entendem muito bem que a palavra é “pura magia e dona do
coração” e, por esse motivo, “rege e conduz a alma”, como assegura
magistralmente Ronsard em suas “Elegias”.
As considerações alinhavadas servem para realçar, uma vez mais, o
relevante papel desempenhado por um instituto cultural no panorama comunitário.
Caso, sem tirar nem por, da nossa Academia Municipalista de Letras de Minas
Gerais, que desenvolve, como já dito pratrazmente, labor fecundo permanente,
com um sem número de promoções, na esfera de atuação que lhe toca, em favor da
cultura brasileira e da cultura universal.
Complementando agora as informações sobre o trabalho levado a cabo pelos
integrantes da Amulmig, anotamos mais um conjunto de eventos e empreitadas
expressivas no período assinalado. No curso de uma assembleia dedicada à
celebração da data de “São Francisco de Assis”, padroeiro da organização,
aconteceu também a sessão solene de proclamação dos resultados dos concursos
literários patrocinados em 2017. Essas promoções atraíram centenas de
concorrentes, de todas as partes do país e até mesmo do exterior. As criações
literárias avaliadas pelas comissões julgadoras, compostas de acadêmicos, foram
consideradas de nível excelente.
Focalizando o centenário da Associação Internacional de Lions Clubes, a
comunidade acadêmica recepcionou condignamente integrantes do movimento
leonístico mineiro. Foi ressaltado na manifestação que o Lions Clube, presente em
220 países, reunindo milhões de associados, tendo assento permanente na Unesco
e operacionalizando estupenda obra social no Brasil e em Minas, é o maior clube
de serviços do mundo em participação de voluntários.
Um outro encontro serviu para que fosse prestado emocionante preito de
saudade à memória de duas ilustres acadêmicas que “partiram primeiro” em 2017:
Jacy Gomes Romeiro e Cely Vilhena Falabella. A tradicional comemoração
natalina, rodeada de invulgar brilhantismo, enfeixando manifestações de rico
conteúdo espiritual e artístico, foi mais um acontecimento realçante na
programação da Amulmig. Durante o ato reservou-se espaço especial para uma
homenagem à memória do saudoso acadêmico Theresino Caldeira Brant, que estaria
completando 100 anos de existência, se ainda entre nós.
As assembleias levadas a efeito na Amulmig propiciaram oportunidade para
a apresentação de estudos e textos de apreciável teor literário. Inspiraram
movimentados debates em torno de momentosos temas da vida contemporânea. Entre
outras questões suscitadas, envoltas sempre em frutífero intercâmbio de ideias,
ganharam destaque os seguintes itens: a ameaça à soberania nacional
representada pelas contínuas propostas, nos altos escalões do poder mundial, de
internacionalização da Amazônia; a defesa dos postulados democráticos e dos
procedimentos éticos na condução dos negócios da Nação; o respeito aos direitos
humanos e aos direitos sociais; o reconhecimento de que a paz mundial e o
bem-estar humano se alicerçam na prosperidade econômica e na superação dos
angustiantes problemas provocados pelas desigualdades sociais.
As reuniões das terças-feiras da Amulmig foram também marcadas, em 2017,
pela presença esfusiante de colaboradores entusiastas, ligados a atividades
artísticas. Cabe aí menção para grupo folclórico do município de Luz e para o
tenor Marzo Sette Torres. Suas intervenções na programação cumprida foram
constantes, arrancando sempre calorosos aplausos.
Este singelo relato da atuação da Amulmig comporta ainda outras
anotações significativas. Liderando vibrantes ações da grei acadêmica,
Elizabeth Rennó e Luiz Carlos Abritta, presidentes eméritos, contribuíram
decisivamente para os bons resultados atingidos. Os livros lançados, ano
passado, por integrantes do quadro de associados da instituição, dão para
compor razoável biblioteca.
* Jornalista
(cantonius1@yahoo.com.br)
|
A
acadêmica Maria Armanda Capelão Ferreira recebeu homenagem feita pelo acadêmico
Jair Barbosa da Costa quando de sua participação no Salão do Livro em 1986, que
apresentamos a seguir, no original de sua lavra. Parabéns aos confrades pela
significativa memória apresentada para que conheçamos mais sobre nossos pares.
A
confreira Maria Armanda Capelão Ferreira ocupa a cadeira 187, tem como patrono o
escritor Antonio Teixeira de Queiróz, e representa o município de Troncoso/PT –
ambos são natos em Portugal; na sua posse foi recebida e saudada pela acadêmica
Lucy Sother de Alencar Rocha (de saudosa memória), em 13 de outubro de 1990.
Nenhum comentário:
Postar um comentário